Fica pra depois sim.
Depois eu conto dos quatro dias, das cinco cidades que conheci e das 550 fotos que bati.
Por que mais importante do que tudo isso foi ter encontrado pessoas especiais. Muito especiais. Quem já fez intercambio sabe do que estou falando. Você se muda, fica longe da família, conhece pessoas especiais, constrói amizades indescritíveis e vai embora com a sensação de ta perdendo algo, que talvez você nunca mais encontre. O que acontece na maioria das vezes.
Mas minha historia com minhas amigas não foi bem assim. Há cinco meses atrás recebi Emilie, sueca, em Recife. E esse fim de semana encontrei Paola e Giu, Emilie tb. Que coisa boa. Que felicidade. Conversamos por muitos dias, colocamos os assuntos em dia e tivemos a certeza que mais importante do que a cidade e a experiência são as amizades que construímos.
Paola prometeu ir para o Brasil em agosto com Ivan. Fiz uma proposta indecente de ir para Fernando de Noronha, coisa que já tava tentando fazer antes de vir pra cá, mas ainda não tinha conseguido. Ficou tudo acertado. Agora quando chegar ao Brasil vau ter que arrumar um namorado pra me acompanhar. Hahaha. Ir pra Noronha só com um casal eh pau, neh! Quem sabe a Biloquita nao me acompanha!
Quem acompanhou a minha viagem a Argentina já me ouviu falar sobre a Ditadura, das madres de la Plaza de Mayo, de las abuelas e principalmente de los nietos. O projeto foi concluído e tive o prazer de vê-lo. Mais importante do que ve-lo foi poder ler nos agradecimentos o meu nome. Eita felicidade. Olha a foto do agradecimento. Malaquias. Vai treinando.
Ju. Pao mandou beijo pra vc.
No fim de alguma viagem importante você sempre fica triste porque esta voltando pra casa, mas dessa vez foi diferente. Quando eu pensava que tava voltando pra casa e que não era pra Recife e sim para Londres batia uma alegria no coração que nossa senhora. Queria poder explicar pra vocês. Felicidade!
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Sexta à noite. A própria pessoa em Noli, praia na Italia, recebe uma ligação da mãe chorando, dizendo que tava com saudade. Vixe que aperto no coração. Ela encontrou amigos especiais, falaram sobre mim e lembrou mais ainda que to longe. Ate agora to me perguntando se aquele choro era saudade minha ou de um tempo que passou e que não volta mais.
No fim da ligação disse a ela que não tinha porque estar assim, afinal eu estava na Itália, em Noli, fui pra Genova e no outro dia estava indo pra Milão. Eita coisa boa. Tem felicidade maior do que essa?
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Na volta da Itália passei pela imigração. Dessa vez ate no banco me mandaram sentar. Mas acabei passando. Se renovei ou não renovei meu visto vocês só vão saber quando eu chegar ao Brasil. A passagem de volta ta marcada e a partir do dia 1 de dezembro eu posso chegar a qualquer momento.
Mae, nem pra vc eu digo. Nao pergunte.
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Quando cheguei à minha casinha todos os meus amigos estavam aqui. Fizeram um super almoço família. Delicioso. Deu uma amenizada nesse meu coração que hj ta pedindo por mãe. O acordo é fazer esse almoço todo domingo. Vamos ver se assim a gente pensa menos na família, neh! Acho difícil.